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Revitalização da Alameda atrasa e pode ser alterada

Em horário de grande fluxo mais de três mil veículos trafegam pela Alameda. Foto: Alex Oliveira/ Arquivo

Mais de um ano após a promessa de revitalização da Alameda São Boaventura, corredor metropolitano da Zona Norte de Niterói, a implantação de ciclovia e reordenamento do transporte coletivo na via não tem prazo para sair do papel. Isso porque a Prefeitura esperava iniciar as obras até março deste ano, mas o contrato do projeto básico foi cancelado por conta de uma inconsistência na publicação oficial.

A gestão de Rodrigo Neves esperava melhorar o tráfego na Alameda, que se tornou um gargalo entre a rodovia RJ-104 e a Ponte Rio-Niterói. De acordo com a prefeitura, em horário de rush a via chega a receber 3,3 mil veículos por hora, além de 28 linhas de ônibus.

Antes

Os três quilômetros de extensão da Alameda receberiam uma série de intervenções: ciclovias nos dois sentidos, piso tátil nas calçadas, paisagismo, iluminação de LED, macrodrenagem do canal, além da readequação do perímetro de entrada dos ônibus nas baias e modernização das estações de embarque.

Mudanças previstas pela Prefeitura no lançamento do projeto. Imagem: Prefeitura de Niterói/Divulgação

Ainda pelo projeto, um painel eletrônico indicaria o tempo de espera pela linha de ônibus. No sistema previsto, o usuário poderia acionar a linha com antecedência no painel, evitando coletivos de entrar nas baias onde não há passageiros para embarcar.

Para desenhar o projeto, a prefeitura contratou a empresa carioca PCE Projetos e Consultorias, por R$ 142 mil. O valor, no entanto, consta como anulado no Portal da Transparência da cidade.

Segundo o Executivo, foi preciso cancelar o contrato por conta de um problema na publicação oficial: o CNPJ da empresa não foi revelado no extrato. A publicação consta no Diário Oficial em 16 de junho de 2018, e teve ordem de início três dias depois.

Depois da inconsistência, o processo ficou em suspenso no setor financeiro da autarquia municipal responsável pela contratação, a Empresa de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa).

Diante do impasse, na última semana a Emusa refez o processo licitatório e aprovou um novo contrato para o projeto. Segundo a Prefeitura, a medida funciona como uma forma de retificação ao original.

Valor menor

A partir da ordem de início, a PCE Consultoria terá dois meses para determinar os rumos da revitalização da Alameda. Pela recontratação, no entanto, a empresa receberá 99 mil reais — divergindo do valor previsto anteriormente.

A redução pode ser indicativo de que as intervenções na Alameda serão mais tímidas que o anunciado, mas a mudança não foi esclarecida pela Prefeitura.

"Só depois da elaboração do projeto básico será possível informar se haverá alterações no projeto final", informou a Prefeitura em nota.

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